Ele marcara
um ponto em seu botão
As feras que
poderia ter vencido
Cantou
músicas em algumas esquinas
Homens
circulando olhares embriagados
Ele muitas
vezes se punha de prontidão
As esperas
que ele ousava enfrentar
Um dia
conhecer as dores de seu corpo
E nunca mais
seu sono foi o mesmo
O olhar
agora diferenciado para o outro
Algo que
crescia por fora dele
O confronto
com o desejo inesperado
E uma súbita
confissão de culpa
Ele um dia
conheceu o poder do fogo
E o poder da
palavra morte
Houve um
tempo para ele o do passado
E um
presente tedioso em demasia
Seu futuro
prometia menos ainda
Ele caminhava
como quem flutuava
Ignorando elementos
fundamentais
E calava o
ardor que seu corpo emanava
As nuvens
lhe eram densas como rochas
E o carinho
buscado sempre alhures
Ele um dia
confrontou-se com a posse
E percebeu o
quanto era de menos
E não cabia
nele algo mais valioso
Que a
própria percepção de seu espaço
Ele um dia
partiu livre pelas montanhas
E seu corpo
um dia inerte, bruto

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