sábado, 12 de janeiro de 2013

ESTRANHA MORTE



Um corpo tombado sobre a pedra fria

E longe um pássaro grosnava feroz

O som do mar em mente entorpecida

No céu nuvens em movimento veloz

Um corpo canta em mar de nuvens

Tombado ao som do pássaro frio

Puros em seus desejos homens surgem

De noite movimentos à beira do rio

E senhoras em velhos chambres brancos

Recém saídas de seus frescos banhos

Rondas noturnas machos francos

A rótula amarga de uns estranhos

Um corpo tombado e intacto

Envolvido pela espuma das ondas

Destruído pelo desejo de um pacto

Sacrificado por pontes de mente sondas

A vida corria leve e certeira

O sonho impregnado pelo irreal

Mas o tempo como sempre ratoeira

Insurge destilando em uns o mal

Um corpo tombado o ventre a morte

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