Um corpo
tombado sobre a pedra fria
E longe um
pássaro grosnava feroz
O som do mar
em mente entorpecida
No céu
nuvens em movimento veloz
Um corpo
canta em mar de nuvens
Tombado ao
som do pássaro frio
Puros em
seus desejos homens surgem
De noite
movimentos à beira do rio
E senhoras
em velhos chambres brancos
Recém saídas
de seus frescos banhos
Rondas
noturnas machos francos
A rótula
amarga de uns estranhos
Um corpo
tombado e intacto
Envolvido
pela espuma das ondas
Destruído
pelo desejo de um pacto
Sacrificado
por pontes de mente sondas
A vida
corria leve e certeira
O sonho
impregnado pelo irreal
Mas o tempo
como sempre ratoeira
Insurge
destilando em uns o mal
Um corpo
tombado o ventre a morte

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