Lá se vai o
tempo do sossego
O vermelho
tingindo o azul do mar
Plantas que
apodrecem pelo quarto
A amada
sempre a reclamar
Lá se vão os
anos de sonho eterno
A brisa fresca
tornada em furacão
A
insandescência do mundo...
Vadias as
noites do insone púbere
Cabeça cheia
de imagens flutuantes
Pedaços de
corpos que se tocam
Humidamente
e aprontam o espetáculo
Acordar sem
perguntas a responder
O sol ainda
escondido no zênite
Nuvens
negras que flutuam descontroladas
Viajantes
entorpecidos pelo ácido
Passeiam por
campos ermos e floridos
Sintonizando
seu pensamento comum
E no
horizonte lúgubre uma imagem
Eterna e
eternamente realimentada
Pisando
chãos cobertos de lama
Vagueiam insensatos
homens perdidos

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