Miss
Solitária nos bares da vida
Um cigarro
aceso, um copo de cerveja
Uma menina
praticando acting-álcool?
Ela chega às
pessoas pelo salão
Arranca
deles olhares esguios
Convida-os a
movimentos sórdidos
Miss
Solitária em seu vestido preto
A
infelicidade estampada no rosto
Ela sonha
com lugares diferentes
Onde os
homens são seus escravos
Onde seu
gozo é eterno e imensurável
Miss
Solitária viaja pelos trilhos do ácido
A carne
aberta e viva pela angústia
Fratura
exposta no silêncio de seus dias
Poderia um
dia um homem desejá-la?
Ela sabe que
não e assim mesmo continua
Sua busca
incansável pelo outro
Ela ouve dos
homens propostas diversas
Mas nenhuma
parece satisfazê-la
Algo se
salva em sua vulgaridade
Um sonho de
menina ainda a perturbá-la
Quando o bar
cerra suas portas
Miss
Solitária entristece-se de verdade
Amputados
seus braços e suas pernas
Volta para
casa vazia de sentido
Sozinha,
ausente, caída, meio morta
Seu sono
será o de uma criança
Seus sonhos
os dos jamais nascidos

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