Dono de
coisa alguma
Talvez de
restos, sobras
Do bem-dizer
das migalhas
Daquilo
mesmo que eu sou
Não
puramente sendo
Mas
tempo-todo revirando
O tremor da
maleita no meu corpo
Assanhado
pelo pensar pleno
Não, de
forma alguma nulo
Busco o polo
inteiro
Forma de
redenção histórica
Daquilo que
nada pude ser
Hilariantes
as conversas que ouvi
Trocas mudas
de consolação
Liquidando o
baque-baque mudo
Do martelar
dos bem-quereres
Disso
tudo-nada fica
Uma sensação
de fim próximo
Como o
esfalfar do silêncio extremo
Fim de linha
para quem sabe
Que o saber
a tudo redime

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