Carlos um
dia amanheceu
doente
O rosto
amarelo, a mente
esquecida
E gritava
por outros nomes
desconhecidos
Um delírio
um dia jamais
sentido
Doente
observava as
janelas pela
paisagem
Um campo
obliterado
por um sono parecido
eterno
Amanheceu
Carlos doente
um dia
A paz entre
os homens banida a
ingratidão
As pessoas
sem pudor ao seu lado
cochichavam
E ele não
reconhecia mais ninguém
Longe um
cavalo relinchava de
sono
As
borboletas, os lilases sem
som e a
chuva
que achava
de cair em longos
intervalos
E o calor
abafado das fornalhas
de
pão
E os cheiros
acres ferindo
sensibilidades
Um dia
amanheceu doente
Carlos
Cansado de
si mesmo
vergonha
Amanheceu Carlos doente...

Nenhum comentário:
Postar um comentário