Vazios que
se enchem de imagens
Demarcando a
aridez de um pensamento
Casas abandonadas
à solidão
Portais floridos
somente na memória
A velhice
vem e diz o que foi
O irrecuperável
que é marca eterna
O ontem
mistura-se ao hoje
O amanhã
sempre inatingível
Projetos que
não se concretizam
O que se foi
e o que se queria ser
Sons que se
ouvem e prolongam
O atonal da
vida na morte
Morrer e
nada saber do norte

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