domingo, 3 de novembro de 2013

Em meio a uma festa

Não são pessoas tristes nem alegres
São pessoas em seu esquecimento
Momento oportuno certamente
O da compreensão e do riso
Ou da entrega de presentes
Como dizer que ali existe falsidade?
O espanto bate como látego teso
Porque o momento também denuncia
Que nem todos estão prontos
Para o que é próprio do humano
Por que então brota o riso fácil?
Provavelmente porque o humano em
Sua essência  é assim mesmo:
Pura contradição e disfarce
Disfarça suas dores e seus litígios
O riso como escudo e o abraço como arma
Nem todos podem ser autênticos
O que quer dizer que uns poucos são
Uns que podem sentir outros puramente
Puramente como um ser sem maldade
Ainda assim ser humano?
Como possibilidade de fundar um mundo
Onde o que importa é a força do momento
Também o da não conformação a regras
O viver sempre em contato com o novo
Mas o autêntico estaria na eterna mudança?
Pelo menos na tentativa de burlar leis
E na festa o riso e é um risco necessário
Onde o verdadeiro riso, sem mácula?
No momento do engano, do absurdo
Da suposta sensação de desamparo do outro
Em um momento em que a infância

Retorna como jogo e como distração

Nenhum comentário:

Postar um comentário