Não são pessoas
tristes nem alegres
São pessoas
em seu esquecimento
Momento oportuno
certamente
O da compreensão
e do riso
Ou da
entrega de presentes
Como dizer
que ali existe falsidade?
O espanto
bate como látego teso
Porque o
momento também denuncia
Que nem
todos estão prontos
Para o que é
próprio do humano
Por que então
brota o riso fácil?
Provavelmente
porque o humano em
Sua essência
é assim mesmo:
Pura contradição
e disfarce
Disfarça
suas dores e seus litígios
O riso como
escudo e o abraço como arma
Nem todos
podem ser autênticos
O que quer
dizer que uns poucos são
Uns que
podem sentir outros puramente
Puramente como
um ser sem maldade
Ainda assim
ser humano?
Como possibilidade
de fundar um mundo
Onde o que
importa é a força do momento
Também o da
não conformação a regras
O viver
sempre em contato com o novo
Mas o
autêntico estaria na eterna mudança?
Pelo menos
na tentativa de burlar leis
E na festa o
riso e é um risco necessário
Onde o
verdadeiro riso, sem mácula?
No momento
do engano, do absurdo
Da suposta
sensação de desamparo do outro
Em um
momento em que a infância
Retorna como
jogo e como distração

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