A chuva lá
fora e o sol aqui dentro
São
contratons que não me modificam
O que sou é
em qualquer tempo
O que penso
é o que penso aqui e lá
Ser o mesmo
entre mortos e feridos
A chuva
lança o corpo molhado
Sobre o sol
do meio dia
Mas nada
disso eu vejo, preso em um
Quarto de
arrudas e alho-poró
Corro em
volta do labirinto de ladrilhos
Barbeio-me
frente ao espelho de mármore
Faço de
conta que sou alguém
E telefono à
pizzaria mais próxima
Como os
pedaços e regurgito inteiro
Pronto para
dormir e de novo acordar
Se um dia eu
morrer de tédio
Que seja
enterrado entre porcos
Que sempre
tem onde poder fuçar

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