sábado, 2 de novembro de 2013

Alteridade


No movimento alienante de uma letra
Calco um saber e ali me inspiro
Informações vazam-me poros indefesos
O que sou é o que são os outros
Nunca vivo em mim como em ti
Minha consciência alhures situa-se
No movimento alienante de uma letra
Um nome que sustenta mente que balança
O que suporto é o que é possível suportar
Se não enlouqueço é por mera distração
Gosto de ouvir um cantar agoniante
Mas não me aproximo do sofrimento alheio
O que o outro é é por si só
Se nele me enlouqueço, paciência!

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