O horizonte
abre-se à nossa vista
Como um véu
que rompe estações
Como cola
que une olhos que
Não podem
mais ver fora do pensamento
O horizonte
simula um universo
Como casa
que consegue nos situar
Como silêncio
que nos angustia
Como corpo
que nos complementa
O horizonte
deveras transformado
Como se nós
mesmos estivéssemos
Como partes
que marcam nosso destino
O horizonte
que surge com a madrugada
Como se
levasse para casa corpos
Cansados pelos
desmandos da noite
Como se
convidasse a ainda de
Alguma forma
continuássemos vivos
O horizonte
brilha como cúpula dourada
Apontando nossa
inexpugnável prisão

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