sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Parco desejo

O que nos dá a vida em um segundo
Tira-nos no segundo seguinte
O abrupto de momentos singulares
O correr contra a própria desaparição
Ganhar e perder como face de uma
Mesma moeda tempotodo revirada
O bem e o mal a perseguir-nos
Nosso desejo principal movido
Por desejos outros que são disfarces
O ponto zero da existência é o
Mesmo ponto final trágico:
A morte anunciando-se desde o começo
E o que procuramos a cada momento
É o contato com algo puro
Que nos faça viver pouco mais
Vida trágica e trágica essência
Nós mortais vivemos no sofrimento
De um dia sabermo-nos para a morte
Longe dela fugir, enfrentá-la!

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