Um quadro
por onde corro meus olhos
Um pisca-pisca
lusco-fusco de luzes
Instaladas ao
pé de um velho morro
Horizontes que
se iluminam por azar
O medo
passando rente a alguns corpos
Paralelogramos
que se formam no
Entrecruzamento
de focos luminosos
Vidas que
circulam à luz de velas
A vista
cansada do trabalho de
Decifração do
cotidiano demais desvalido
Do rame-rame da passagem do tempo
A escuridão
cede lugar à lucidez...

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