Falésias ocas
e bem situadas
Às vezes um
mapa de cabeça
Para baixo e
distanciando-se
Continentes
que se rompem
Montanhas
que atingem o céu e
Criam vales
por onde passam rios
Terra do
mel, de céu azul e quente
Terra da
fortuna e de vida fácil
Um novo
pindorama de homens explorados
Terra
brasilies, “celeiro do mundo”
Gruda os
olhos em símbolos
De
fertilidade e descontentamento
Onde o sul
junto ao norte?
Onde estados
unidos do Brasil?
Migrantes
cansados e interrogativos
Lágrimas que
não se lançam mais
Pobreza,
miséria refletida no pó
Fronte feita
fato fútil
O Zé Pelé
corre mato solto
E chega a
zonas de edifícios cinzentos
Onde a
coragem de voltar ao chão?
Onde o clima
de açambarcamento?
Um coração,
um dia de cidadão
Mesma coisa,
cidade e sertão
Mesmo
plátano como palco onde
Desenrola-se
o crime da incompreensão
Pindorama,
que se ama em vão
Terra de
política que é mentira
Terra de
homens fracos seduzíveis
Terra ainda
assim amada e sôfrega
Um júbilo
que não é só da criança
Para que
outra terra imigrar?
Aqui nascer,
crescer a aqui morrer

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