Não se veem
mais olhos como os de capitu
Por que não
se veem?
Talvez porque
não hajam mais orgias
De latim
como as de Bentinho!
E os
sonhadores, por onde andam?
E os
malabaristas e seus livros?
Por que
desaparecem da face do mundo
As coisas
mais interessantes?
Ainda as
orgias de latim e a
Virgindade de
certos homens
O que
decidir frente a um dilema
Entre o
sorvete e a goiaba
Entre o pau
e a pedra
Homens indecisos
mundo indeciso
Entre o
latim e o olhar de Capitu
Um dilema
corre pelas veias
D´Assis
ofuscando mentes vagueantes
E corpos
seculovinteanos
Mas por que
gozar de corpo alheio
Se temos
nosso próprio corpo?
Caverna iluminada
por fachos de luz
O homem
nasce e morre fedendo
A ócio,
bócio, decrepitude e sandice
São elementos
de um estilo?
Frases que
ouço e vou aceitando
Compondo meu
próprio bestiário
Os homens
cercam seus ideais com arame farpado
Porcos transpassam-no,
mas apenas porcos são
Eu choro, eu
grito, mas o que perdi perdi
Recupero nas
águas do lago algo de mim mesmo
Mas não é o suficiente
para deixar-me em pé
Envelhecem os
homens à sombra de si mesmos
Creem ser
felizes com pastilhas na mão
Usam dinheiro
de plástico em lojas
Que lhes dão
em troca puras ilusões
O encanto
que me apraz não atinge o outro
Movimento único
e composto de tudo
No brilho de
uma faca, no frasco de veneno
Não, outra
escolha pode ainda ser feita
O sul e o
norte de uma corda no pescoço
.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário