Pasmem,
senhores dos altares-mor
Quão grande
é o mundo que destruís
Quão grandes
são as pessoas que iludis
Pasmem,
senhores em seus salões
Que gente
mandais para os caixões
Quantos filhos
choram pela dor que provocais
As delícias
do mundo a seus pés
Não é
suficiente sem o sangue do poder
Pasmem,
senhores antigamente feudais
Quão belo
era o mundo antes de vós
Antes do
chicote que empunhais como ordem
Antes dos
dentes que mostrais contra os bons
Pasmem,
senhores do castelo eterno
Mas eterno
não sois, pois vosso fim chegou
Pasmem, olho
aberto na guilhotina
Que desce brilhante
contra vosso pescoço
Pasmais à visão tépida de vosso próprio sangue
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