segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Pasmem, senhores!

Pasmem, senhores dos altares-mor
Quão grande é o mundo que destruís
Quão grandes são as pessoas que iludis
Pasmem, senhores em seus salões
Que gente mandais para os caixões
Quantos filhos choram pela dor que provocais
As delícias do mundo a seus pés
Não é suficiente sem o sangue do poder
Pasmem, senhores antigamente feudais
Quão belo era o mundo antes de vós
Antes do chicote que empunhais como ordem
Antes dos dentes que mostrais contra os bons
Pasmem, senhores do castelo eterno
Mas eterno não sois, pois vosso fim chegou
Pasmem, olho aberto na guilhotina
Que desce brilhante contra vosso pescoço
Pasmais à visão tépida de vosso próprio sangue

Nenhum comentário:

Postar um comentário