Cáustico
semblante que se avizinha
Monte de
pelos que assustam a criança
Caras e mais
caras que ressituam
Outras caras
um dia vistas
Outros sons
que saem de bocas
Dentes e
mais dentes apodrecidos
Emarelecidos
e não escovados
O chumaço
negro despontando no nariz
Caras e mais
caras que assustam a criança
Boca torta e
disforme
Nariz agudo
e persecutório
Queixo em
forma de nau em movimento
Cores e mais
cores que se repartem no fim
Orelhas que
já não protegem mais o som
Olhos
esganados pelo já visto e
E jamais
esquecido pela re-retina
Babas que
saem junto com palavras
De bocas que
jamais souberam o calado
Caras e
caras, os passeantes olham
A cabeça
grande e redonda e vazia
A testa lisa
e pungente
Caras e mais
caras de cidadãos comuns
Onde então o
sofrimento mora?
No corpo,
nos órgãos do corpo
Onde os anos
carimbam o tempo gasto?
No corpo,
nas margens do corpo
Onde a
escuridão corre seu medo?
No corpo, na
superfície da carne
Onde? No corpo?
Já? Morte!
As caras e
mais caras enterradas
Em madeiras
apodrecidas e comíveis
Fatos que
ficam de sons mortais
Caras e mais
caras de papel amarelo.

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