Agruras
desmedidas
Onde as
marcas da traição?
Um corpo que
se denuncia
Mas nenhum olho
que vê
Tempo carcomendo
espíritos
Feridas abertas
em pânico
Uma religião
ausente
Basta de
explicações fúteis!
De ignóbeis
vícios da razão
Um trabalho
a mais deve ser feito
Um longo e
desditoso trabalho
O corpo
tomba sem nome
Pior: sem
sentido!
Um passado
que ele não deixou
Um vazio na
história
A teoria não
dá conta disso
Uma prática
daria?
Sonhos que
vem e vão
A imperfeição
do mundo
O barco em
que todos navegamos
Rumo ao
nada-ser

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