Umbigo, umbilical,
corte
O que falta
e nos empurra: a
realidade
Superfície,
espelho, imagem
As bordas do
desejo, ato
A aproximação
pelo outro
Figura vampiresca,
vítima
O sangue
fresco sugado em noites de
insônia
As portas
dos jardins abertas
Os abetos de
onde caem pingos
D’água,
tempos de chuvas rápidas
As marcas de
uma época onde
O leite era
sorvido do peito
e outras
mãos acariciavam seu rosto
O pântano de
onde emergem monstros
Retratos do
jamais pensado o
Corpo fragmentado,
restos de
ilusão
A pólvora um
dia seca e agora
molhada – um
estopim que não se
acende –
explosões internas
As labaredas
do maçarico mecânico
queimando pedaços
de metal
Buracos que
encontramos pelo
caminho –
saltos necessários sobre o
abismo
Onde
o canto magistral
de certos pássaros
A água
corrente de rios lépidos
O favo mel
habitação abelhas
Quando
o soar de
uma era sempre prevista
o retorno da
mulher amada
o alimento
caliente na barriga
Por que
as vantagens
nunca recebidas
os anos
dourados que nunca retornam
Uma dor de
cabeça constante
Quem
para enxugar
um pranto alheio
para evitar
o caos iminente
pos amaria
além do jardim
O pacto
sangrento um dia
estabelecido
A dor, a
náusea, o sofrimento
As querelas
travadas entre
homens
A paz por
tanto tempo ignorada

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