quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Marcas



Calado o homem sentado nu
escuta as vozes dentro de si
                              ais e uis
O olhar em direção à floresta negra
tantos irmãos perdidos por ali
A cabeça ingênua deslocada de seu
                                  Sul... e norte
                 um pescoço, uma corda
Fogo-fátuo de sua imaginação
os porquês coloridos e insanos
                      a massa, o mofo
Sentando o homem nu e calado
vidas que passaram por ele
                 sonhos e sonos
A palavra vazia em sua boca
emoção plena em seu peito
                  dores, escaras
O pranto que jamais se absorve
os pés inertes, membro flácido
o zoo que cultiva dentro de si
não de tantos pássaros – liberdade
Cacoetes em forma de intenções
a luz que um dia cega – voz
a lembrança dos um dia partidos
Um corpo que não se esquece mais
fFórum de moléculas desconectas
fungos e feridas que não se fecham
marcas de bala e de flor

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