domingo, 10 de fevereiro de 2013

Chuva dentro




A tempestade cai sobre a cidade
Hordas de guarda-chuvas coloridos
Despontando em meio aos edifícios
A menina o vestido desfolhado
A face plácida acompanhando o passo
Olha os carros voando sobre poças d’água
Os espirros alcançando seus cabelos
O tempo ela canta em sua garganta
Os dez mil meios-dias de sua vida
E as meia-noites de eterna insônia
A água que escorria por entre os seios
Lembravam-lhe momentos de prazer
Saliva quente do homem um dia amado
Orgasmos que sua mãe nunca sentiu

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