sábado, 7 de setembro de 2013

Fênix do Rio – 02/11/93

A morte veio acalmar seu fogo
Pena que tiveste que ir
Tão cedo quanto sua vinda
Deixas tua imagem no cinematógrafo
Ainda me lembro dos seus 15 anos
Loiro e pequeno, querendo ser grande
Lutavas em vão contra poderes
Que então não compreendias
De cabelos curtos ou cabelos longos
Suas faces rosadas no vídeo
Por que, ai, por que essa ida súbita?!
E morres em meio a tantas mortes
Que obscurecem teu desaparecimento
Então, o que andavas fazendo
Por que rios foste levado
Há uma dor dentro do meu peito
Queria não saber que partistes
Cegueira talvez necessária
Fica sua alegria no vídeo
Seu chapéu e seu chicote à mão
Seus abraços ao jovem Reeves
Que ficou quando tu fostes
Belas imagens eternizadas
Que mantém teu corpo intacto
A salvo do envelhecimento que
Calmamente renegastes
Quiseste morrer jovem...
O amor é cegueira pura
Mais ainda a idolatria
Mas ambos fazem sofrer
Quando se perde a quem se ama
Quando se perde a quem se idolatra
Será que como Fênix

Renascerás das cinzas do rio?

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