Árvores trepidam
ao saber do doce vento
O campo
abre-se a pés descalços e caleados
Paisagens inebriantes
apreciadas de fora
Rios que se
formam de águas em movimento
Ainda imagem
que homens velam sem medo
Uns por
trabalho e outros por diversão
Cada um à
sua maneira campeia
Em cada vão,
em cada torrão de grama
Um grilo,
uma rã, vida em profusão
Uns passam e
outros se demoram
Uns insensíveis,
outros com olhos marejados
O campo e as
montanhas
O córrego a
seus pés
Onde nadam
crianças nuas
Sem a
percepção da louca vergonha
O milharal,
o trigo, o arroz
Animais comendo
no pasto
Casais perfilados
e homogêneos
Homens sem
destino e sem desespero
Imagem rápida,
congelada
De um
aglomerado de homens




