segunda-feira, 8 de julho de 2013

Existência



Aos cinco anos de idade
Cores diversas pelos olhos passam
Nem tudo a memória guarda
O que se pode carregar pela vida
São faíscas do que fomos
Memória quão pouca e traidora!
E que nos fixa no presente
Mas o passado age em silêncio
E de tijolo em tijolo
Ergue o muro de nossa existência
Tijolos que são marcas eternas
Do que fomos e poderemos ser
Escavar, escavar a terra em volta
E não encontrar a saída
Morrer em esquecimento
Somente porque um dia nascemos

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